sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

OS PIORES JOGOS DO MUNDO-EPISÓDIO 2-RAMBO THE VIDEO GAME


Pode-se dizer que "Rambo: The Video Game" é uma aula de como NÃO fazer um jogo baseado em uma franquia. Uma pena que seja assim, mas é exatamente isso o que define o game. O único destaque razoável é o fato dele usar as falas e a trilha sonora original dos três primeiros filmes, com o tema de abertura de "Rambo". E para por aí, porque até nisso a qualidade é duvidosa. Todo o resto também é péssimo: da jogabilidade por vezes lenta e com lags no uso do mouse até à quantidade absurda de "inimigos gêmeos" na tela.


História
Meus pêsames

Uma história sem criatividade. Alias, a única coisa criada pelos produtores foi a morte de Rambo. E não se preocupe! Não é spoiler, porque o jogo já começa assim, no funeral de John Rambo. O jogo todo é um flashback em que um general vai contando as "peripécias" de Rambo no decorrer dos três primeiros filmes da franquia (cadê o quarto e mais recente filme?). Ou seja, o jogo é literalmente o filme, sem tirar nem por.

Os produtores optaram por recriar várias das célebres cenas dos filmes clássicos, desde a destruição da delegacia com uma metralhadora .50 até o resgate de um soldado americano prestes e ser executado.


Jogabilidade
Headshot, uhuuu!!

"Rambo: The Video Game" traz uma jogabilidade quase extinta. Trata-se daquela na qual o jogador apenas usa a mira da arma e por vezes uma tecla para agachar. Ou seja, o jogo é totalmente "sobre trilhos", sem liberdade de movimento.

Já foram lançados jogos que usam a mesma jogabilidade, mas esse tipo de jogo só fez sucesso em épocas longínquas. Em um mundo onde os jogadores exigem cada vez mais liberdade nos games, lançar um jogo assim e com qualidade duvidosa é praticamente um suicídio. Vale lembrar que o jogo em questão ainda usa uma marca de sucesso dos cinemas, que possui muitos fãs. Principalmente dos três primeiros filmes da franquia.

Juntando tudo isso, cabe uma pergunta: por que lançar um jogo de ação da franquia Rambo dessa forma, uma franquia que, com toda certeza, geraria uma expectativa imensa por parte do público?

Falando na jogabilidade em si, ela é bastante repetitiva no quesito desafio e inimigos (você verá mais sobre isso na parte gráfica). Além disso, o jogo possui um fator replay zero. Os inimigos aparecem sempre no mesmo lugar e da mesma forma. Para se ter uma ideia, se o jogador morrer e repetir a missão duas ou três vezes, já será possível decorar, e assim prever onde os inimigos vão aparecer. Isso destrói totalmente o fator desafio, que já era praticamente nulo.

Quem está acostumado com jogos de tiro no PC com o uso preciso do mouse, vai estranhar um pouco. Nos testes para a review, o mouse se comportou lento em algumas missões e com um pequeno lag, quase que imperceptível, mas que em jogos onde o mouse é fundamental, acaba se tornando um problema enorme.

Curiosamente, em algumas missões o mouse se comportou bem melhor. A causa dessa variação é bem clara: o jogo parece ter tido feito para console, ou seja, feito para usar um controle. Então esse Lag do mouse em algumas missões é devido a uma emulação do uso do controle, o que definitivamente estraga ainda mais a jogabilidade no PC.

Aqui não existe muita agilidade. Por mais que você movimente o mouse de forma rápida para mirar em algum inimigo, ele se movimenta de forma limitada. Muito parecido com o movimento de um controle.

Tirando um pouco essa questão de "sobre trilhos" e o uso do mouse, "Rambo: The Video Game" traz ainda algumas partes onde a jogabilidade muda um pouco, tornando-se QTE (Quick Time Events). Nesse modo, que são poucos, o jogador tem que apertar certas teclas no tempo exato em que elas aparecem na tela. Acertando, a cena prossegue de forma correta dando sequência ao game. Se errar, apertando rápido demais ou lento demais, Rambo pode ficar ferido e/ou até morrer direto.
O jogo possui ainda um sistema simples de upgrade (skills e perks), que permite o jogador aprimorar a reação de John Rambo, além de algumas características relacionadas as armas e acessórios, e ainda aumentar a capacidade de energia.

Falando nos perks, parece que os produtores não batem bem da cabeça. Uma dessas opções adiciona uma característica que simplesmente "elimina" qualquer possibilidade de erro nos modos de QTE. Desafio zero, basta sentar e assistir.


Gráficos
John Rambo atuando em The Walking Dead 

À primeira vista, o visual do game parece bonito, bem apresentável para o tipo de jogo. Mas depois que o jogo começa realmente, percebe-se que é tudo artificial demais. Personagens com aparência plastificada, texturas em baixa resolução e por vezes animações robóticas e repetitivas. Algumas vezes os efeitos de luz mascaram os problemas e acabam deixando o visual bonito, como nas missões noturnas. Tanto na perseguição na cidade quanto na floresta, as luzes fazem um belo trabalho deixando tudo mais vivo e detalhado.

Apesar de não serem, os gráficos passam a ideia de pré-renderizados devido à jogabilidade fixa, sem liberdade. Mas isso não é o maior problema de "Rambo: The Video Game", mas sim ser muito repetitivo no que diz respeito aos inimigos. Em algumas missões, eles são praticamente todos iguais. A repetição exagerada irrita bastante.

Apesar dos problemas, os gráficos trazem algo de bom: a quantidade de coisas na tela é enorme. Em alguns momentos, o cenário é lotado de coisas na tela para serem destruídas, o que torna o jogo um pouco mais divertido. Mas não se engane: mesmo assim, as coisas são destruídas sempre da mesma forma. Por exemplo, na parte onde John Rambo destrói a delegacia, as paredes, o letreiro, as janelas e portas possuem sempre a mesma animação. Ou seja, sempre que você acertar um tiro em tal objeto, ele reage da mesma forma, com a mesma cena de destruição.

Áudio
O que dizer de um áudio onde todos os diálogos foram retirados dos três primeiros filmes da franquia Rambo? Seria muito interessante se tivesse uma qualidade aceitável, diferentemente da qualidade precária da época.

Mas não foi isso que aconteceu. O áudio das falas parece estar em mono, sem nenhum tipo de equalização A impressão que passa é que não houve nenhuma tentativa de se remasterizar o som. Obviamente que para os americanos, o uso do áudio original dos filmes pode ser melhor aceito, trazendo uma sensação de nostalgia ímpar.
Imagina se "Rambo: The Video Game" fosse lançado com a dublagem brasileira clássica? Para quem viveu a época, seria um sonho. Mas para nós brasileiros, o que resta de nostalgia é a trilha sonora, que se mantém fiel aos filmes originais. Mesmo com a qualidade aquém do esperado, de fato é bem legal ouvir as músicas reais dos filmes, incluindo a clássica trilha de abertura.


Conclusão


Parece que "Rambo: The Video Game" foi feito apenas para constar. Fica claro que sucesso ele não fará, até porque o game é abaixo do mínimo aceitável para qualquer jogo com pretensão de sucesso. Imagina então usando uma franquia de peso, como a de "Rambo"? É difícil chegar à uma conclusão sobre o por quê de lançar um game assim.

O jogo é curto, com fator replay zero, com gráficos por vezes feios, jogabilidade duvidosa, áudio com qualidade de "filme anos 80" e sem multiplayer online. "Rambo: The Video Game" deve agradar apenas aos fãs ferrenhos da franquia "Rambo", que idolatra o "herói". Uma pena, porque a série tinha um potencial enorme para um game de sucesso.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

OS PIORES JOGOS DO MUNDO-EPISÓDIO 1-SUPERMAN 64 (Série Nova)

Resolvi começar uma série nova aqui no blog a série OS PIORES JOGOS DO MUNDO começado obviamente por Superman 64 espero que gostem se gostarem eu continuo analisando esses "Maravilhosos Jogos" agora vamos a análise:


É comum lembrarmos também dos jogos ruins. Seja pelo visual tosco, controles péssimos ou a sua razão preferida, temos em nossas memórias os nossos piores de todos os tempos. E na memória da maioria – especialmente dos infelizes jogadores – Superman 64 aparece entre os três mais. Vamos então relembrar o pior jogo da carreira do Homem de Aço e um dos piores de todos os tempos.
Antes de continuar, preciso reforçar algo: continuamos dando a Hong Kong 97 o título de pior jogo já feito na história. Aquele título tem algo muito especial que o coloca acima de qualquer coisa mal feita. Dito isto, afirmo com ‘propriedade’ que Superman 64 não supera, mas se esforçou bastante alcançar o posto do jogo japonês.
A começar pela sua ‘história’: poderíamos estar em uma história épica envolvendo o romance entre Clark Kent e Lois Lane ou vivendo uma revanche épica contra o Apocalypse mas… ele tem que resgatar seus amigos que foram parar em um mundo virtual graças a Lex Luthor que espalha argolas pela cidade para que o Homem de Aço salve o dia. Daí vem uma pergunta que não se cala desde 1999: PRA QUÊ? Parece que o vilão careca não tinha nada para fazer e resolveu brincar de esconde-esconde com o Superman.
E a partir daí começam as missões que envolvem passar por dentro de argolas – isso mesmo: ARGOLAS – e ajudar cidadãos de uma cidade que não existe. Metropolis é uma ‘Nova York’ das HQs, cheia de vida e movimento, mas neste jogo ela está mais pra Silent Hill, de tão vazia e cheia de neblina. Só faltam os demônios.
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Ele não podia entrar no prédio mas entrou e nos garantiu um ótimo bug.
Sem falar que o Superman é muito fraco,lento em vez de homem de aço ele é o homem de vidro.
Essa é uma versão baseada no desenho que passava no SBT mas parece que fizeram a adaptação
da forma errada a o contrário de Batman que teve belas adaptações dos desenhos para os games. 
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Ele poderia estar salvando o mundo mas é melhor passar por dentro de argolas
Não preciso mostrar o gameplay pois praticamente não existe parece que colocaram a versão beta
para vender segue aqui um vídeo com um compilado de bugs do jogo:


Pra quem é doido e se mete a jogar esse título, já descobre que ele é IMPOSSÍVEL de ser jogado. Não estou falando de impossíveis como Contra ou R-Type, já que eles divertiam pois seus controles eram bons e sua mecânica literalmente ‘chamava o jogador pro pau’. Estamos falando de Superman 64… jogo que não te deixa passar passar pelas benditas argolas por deficiência do controle.
E nem adianta colocar a culpa no controle de Nintendo 64, pois jogamos muitos títulos de navinhacomo Star Fox 64 e nunca foi tão sofrido passar por desafios tão simples. Mas mesmo assim existem guerreiros nesse mundo e uma boa evidência disto é esta garota da foto a seguir que TERMINOU o jogo sem nenhuma trapaça, segundo a própria. A prova do crime está aqui.
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Esta é a ‘f*ckingwatertemple’ do Reddit e aqui está a prova de que é uma legítima guerreira do mundo gamer: terminou esta joça! Repare a alegria no ar!
Quem mais sofreu comigo e jogou esta obra prima ao contrário? A primeira vez a qual tive contato com este ‘material’ foi na minha adolescência ao encontrar a fita encostada no meio dos jogos de um primo meu. Mesmo sendo advertido milhares de vezes da "porcaria que é esse jogo" eu fui lá e joguei. Agradeço até hoje por ter jogado ele pegando emprestado, pois economizei o dinheiro do aluguel pra jogar coisa melhor.
De qualquer forma, quem curte desafios extremos – e quando digo extremo estou falando de conseguir fazer o personagem ficar parado na tela – experimente Superman 64. Seus bugs são dignos de boas risadas e você pode acabar até se divertindo um pouco com o jogo, mesmo da maneira errada.
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SUPERMAN 64

Plataformas: Nintendo 64 (a boa notícia é que cancelaram a versão para o Playstation)
Plataforma usada para a análise: Nintendo 64
Ano de Lançamento: 1999
Desenvolvedora: Titus
É de dois? Não (deve ter um multiplayer lá, mas não parece algo muito real, sério mesmo)
Mídia: Cartucho
Predecessor: Nenhum (GRAÇAS A DEUS!)
Continuação: Nenhum (GRAÇAS A DEUS!)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

SUPER MARIO WORLD-ANÁLISE


Super Mario World também conhecido como "Super Mario Bros 4" no Japão  com certeza é um dos jogos mais populares de todos os tempos, isso se deve ao fato do extremo sucesso do console "Super Nintendo" lançado em 1990 e que trouxe "Super Mario World" junto pra demonstrar tudo que o console de 16 bits podia oferecer. 

Mas não foi apenas isto que fez de Super Mario World um jogo tão popular e também de um enorme sucesso, um excelente level design que além de trazer referencias aos jogos anteriores trazia um ar de liberdade não presente nos outros jogos da série, um mapa fantástico e uma trilha sonora aguçada, tudo isto contribuíram para o sucesso do jogo, e o mais engraçado é que Super Mario World é um dos jogos  mais simples do Super Nintendo.

Super Mario World vendeu 30 milhões de cópias, se tornando um dos jogos compostos (vendidos juntamente com o console) mais vendido de todos os tempos, além de ser inspiração pro surgimento de várias franquias como "Donkey Kong Country".


Super Mario World possui um dos melhores "levels designers" de todos os tempos, ao mesmo tempo que as fases lhe proporcionam um certo desafio te dão um ar de liberdade, pois você pode interagir com elementos e power-ups pra driblar a dificuldade, elementos com o botão "P", agora podem ser carregados e apertados aonde você desejar.

O mapa é incrível  é impressionante a criatividade da produtora pra colocar segredos no mapa e fases secretas, o jogo possui 7 mundos, normalmente em um mundo só você encontra diversos tipos de fase, mesmo alguns serem dentro de cavernas e até em uma floresta, uma pena que não há elementos de interação no mapa, mesmo assim isto não atrapalha em nada o jogo.

Há tambem 2 mundos especiais no jogo, que podem ser acessados a qualquer momento. Uma grande novidade de Super Mario World é o fato do jogador poder ir na mesma fase diversas vezes, o que realça o ar de liberdade do jogo, alem disto o jogador pode escolher que caminho seguir, não é obrigado a passar todas as fases e ha várias maneiras de se chegar ao castelo final.


Diversos elementos, jogabilidade incrível



É incrível a evolução na jogabilidade, de Super Mario Bros até Super Mario World, movimentos mais precisos, pulos menos incertos habilidades aperfeiçoadas, o jogo traz toda uma reformulação da era de Super Mario Bros, e novos itens que veremos a seguir:


Cape Feather: Uma espécie de pena que dava a Mario uma habilidade de voar, e quanto mais se praticava, mais podia voar, pois ela possuia um sistema de "para-quedas", que fazia Mario planar no ar, alem de poder dar um "estouro" no chão.


P-Balloon: Faz Mario virar uma especie de "bexiga", fazendo com que voe no ar com muita facilidade, porem só dura alguns segundos.

Yoshi Coin: Uma moeda inspirada no nosso amigo Yoshi, ao coletar 5 delas em uma fase, o jogador consegue um vida-extra.

 Yoshi’s Wings: É um par de asas semelhantes as que as "koopas" usam, só pode ser usada pelo Yoshi, que quando pega elas, se teletransporta para os céus e fica de coloração azul (mais adiante falarei sobre Yoshi e suas colorações).


P-Switche Cinza: A P-Switch cinza transformará alguns inimigos (como os Spines), em coins prateados. Eles agem em um período de tempo, depois, o efeito acaba.

3-Up Moon:Adquirindo, terá três vidas extras. Há 7 em todo o jogo, cada uma em um mundo, normalmente se encontram muito bem escondidas.


Novo e importante personagem.


Super Mario World trouxe o que seria um dos maiores e mais populares personagens da Nintendo, o dinossauro amigo do Mario "Yoshi", sua aparição em Super Mario World foi tão significativa e fez com que o publico tivesse um carisma pelo personagem.
Os Yoshi's são encontrados em boa parte das fases em coloração verde, mas podem ser encontrados em mundos especiais em outros cores:

 Yoshi Verde: É o mais comum dos Yoshi's, são encontrados por toda a parte, não tem nenhum poder especial, só quando engole um casco, o verde ele só cospe, o amarelo ele da um estouro no chão, o vermelho ele solta fogo e com o azul ele pode voar.

 Yoshi Amarelo: É encontrado na "Star Road", normalmente na forma de "Baby Yoshi" este Yoshi possui a habilidade de dar um estouro no chão ao engolir qualquer casco de tartaruga.

 Yoshi Azul: Também é encontrado na "Star Road" normalmente na forma de "Baby Yoshi", mas o Yoshi verde pode se transformar nele ao usar a "Yoshi Wing", possui a habilidade de voar ao engolir qualquer casco de tartaruga.

Yoshi Vermelho: Também é encontrado na "Star Road" normalmente na forma de "Baby Yoshi", possui a habilidade de cospir fogo ao engolir qualquer casco de tartaruga.

Yoshi traz um sentido a mais pro jogo, pelas variações de cores funcionarem como power-ups.



Mapa fantástico e segredos mil.



Super Mario World foi o primeiro jogo da série a trazer fases com 2 saídas  uma normal e outra secreta, com a ajuda de um mapa fantástico  estas fases faziam você avançar com precisão, pegar atalhos e ativar os blocos de exclamação. 

O mapa foi muito bem construído  com grandes atenção aos detalhes, usando praticamente toda a área do jogo, o que garantia inúmeras horas de jogo, ainda mais para jogadores iniciantes, era uma grande introdução na franquia. Só uma pena que o modo batalha para 2 jogadores introduzido em "Super Mario Bros 3" não tenha continuado.



Muitos bugs


É indiscutível a infinidade de "bugs" em Super Mario World, alguns sprites não foram muito bem trabalhados como o botão "P", era possível com a ajuda de um Yoshi duplicar seu poder, alem disso não são raras as vezes em que um bloco faz você entrar dentro da parede. Outro bug muito comum no jogo é você chegar no final da fase e o "goal" simplismente desaparecer do nada.

Outra coisa que foi sentida por alguns jogadores é o fato de fases terem menos de 5 "Yoshi Coins", ha fases que inclusive não tem nenhuma delas, o que frusta alguns jogadores (este erro foi corrigido na versão para o "Game Boy Advance denominada de "Super Mario Advance 2").

Nota-se no entanto que estas falhas de Super Mario World são devido ao fato de ser o primeiro jogo de Super Nintendo, assim como aconteceu em Super Mario Bros, são falhas pequenas e dificilmente atrapalham em algum momento da jogatina


O mistério por trás de Sunken Ghost Ship



Uma das fases mais obscuras da série Mario é o Sunken Ghost Ship (ou Misterioso Navio Afundado, de acordo com a Super Mario Wiki). Mas o que poucos sabem é que esta fase mantém uma grande relação com o jogo anterior,Super Mario Bros 3.

Para começar, o jogo é conhecido no Japão como Super Mario Bros 4: Super Mario World (スーパーマリオブラザーズ 4:スーパーマリオワールド ou Suupaa Mario Buraazu 4: Suupaa Mario Waarudo). Segundo o jogo, depois dos acontecimentos de Super Mario Bros. 3, Mario, Luigi e Peach resolvem tirar férias numa ilha tropical. Porém, Bowser reúne seus filhos (os Koopalings, importados diretamente de Super Mario Bros. 3) para novamente causar problemas aos encanadores.

O Sunken Ghost Ship, encontrado na entrada do Vale do Bowser (Valley of Bowser) nada mais é do que um dos Dirigíveis (Airships) que Mario visitou para tentar recuperar as Varinhas Mágicas (Magic Wands) em sua última aventura.





Na primeira parte da fase, você explora o convés do navio, com os mesmos Bill Blasters tentando te detonar. Ao entrar no cano, você estará numa área nunca antes vista. Seria o equivalente à área onde a tripulação se localiza. Daí o motivo de tantos Boos: o dirigível afundou e a tripulação se transformou em Boos (em outras palavras, morreu todo mundo).

 A última área é a equivalente da área onde enfrentamos o chefe das Fortalezas originais — geralmente um Boom Boom. Porém, como a nave foi afundada, esta área está na horizontal. No fim, podemos notar uma Bola "?" (ou ? Ball), que, assim como no jogo anterior, é o item que se deve adquirir para progredir.




Super Mario World teve uma versão beta


Super Mario World é um grande clássico do SNES criado no início da década de 90, e particularmente ele foi muito importante para nós, digamos que se esse jogo não existisse, esse blog provavelmente não existiria também. 

Porém o que muita gente não sabe é que esse jogo teve uma versão BETA, como vários jogos também tiveram, que diferenciava bastante da versão final.Apesar de não existirem boas imagens do BETA, podemos ter uma ideia de como era a ideia inicial desse clássico. As cores do jogo seguiam o padrão de cores do NES, ganhando cores mais vivas quando o jogo foi finalizado para SNES. 






A tela inicial lembra bastante a da versão final, porém junto com o título "Super Mario World" encontramos escrito "Super Mario Bros". Também podemos ver que Yoshi está presente na ideia inicial do jogo. Super Mario Bros 3 foi o primeiro jogo do Mario que continha mapa, porém eram vários mapas separados. Em Super Mario World a ideia era ter um mapa único, com fases espalhadas por ele, espalhadas de um jeito um tanto bagunçado aliás. Isso era planejado desde aquela época, eles criaram uma ilha com formato de cogumelo, onde Mario passava pelas fases e abria novos caminhos. Como todos sabemos essa ideia foi mantida na versão final, porém com um mapa mais trabalhado e com caminhos secretos. Olhando o mapa podemos perceber também que a casa do Toad estaria no jogo, sendo removida futuramente e provavelmente substituida pela casa do Yoshi.
 



 Super Mario World é o clássico dos clássicos  não somente em popularidade, mas em sucesso e enredo, ao mesmo tempo que se mantem fiel a formulas dos jogos anteriores da série consegue mostrar uma infinidade de novidades, além de servir de inspiração até hoje para jogos de plataforma.


Foram mudadas também a Flor de Fogo, ela seguia o padrão clássico da série Super Mario Bros. Raccon Mario também estaria presente no jogo, no fim foi trocado pela capa amarela. A finalização do visual de Mario e dos personagens melhorou, porém eu ainda prefiro os Goombas da versão beta que se pareciam mais com os clássicos. Existia também uma espécie de moedas maiores, que provavelmente serviram de inspiração para criarem as Moedas Dragão. Os Koopalings e o Magikoopa também aparecem nas imagens.

EARTHBOUND SNES-ANÁLISE

Earthbound (também conhecido como Mother 2, no Japão) é um JRPG desenvolvido pela Apeem parceria com a HAL Laboratory, e foi lançado originalmente para SNES em 1995, tendo retornado para o Virtual Console do Wii U, onde ganhou ainda mais força.

Idealizado por Shigesato Itoi, a produção do game teve a participação de figuras como Satoru Iwata antes de tornar-se CEO da empresa e Hirokazu Tanaka. O game buscava parodiar e brincar com vários elementos da cultura americana dos anos 90, de uma forma bem leve e humorada, com uma história envolvendo abdução e invasão alienígena aliada à habilidade de poderes psíquicos e paranormais.

O Meteoro que Caiu perto de Casa


→ Uma frase que representa muito bem este jogo é aquela que diz: "Há muitos momentos difíceis pela frente, mas você deve manter o seu senso de humor." Esta citação demonstra o ritmo de Earthbound onde de primeira instância você está tranquilo em sua casam e de repente se vê obrigado a sair e salvar o mundo porque um meteoro caiu na vizinhança e um inseto esquisito te deu poderes sobrenaturais psíquicos como seu último desejo.

Ness, o personagem principal, ganhou ainda mais fama após sua participação recorrente nos títulos da série Super Smash Bros., e desde então ele repetiu aparição em SSB Melee e Brawl, onde recebeu apoio de Lucas, de Mother 3.

Mas no jogo, ele não se sustenta sozinho. Ness, Paula, Jeff e Poo são os protagonistas dessa jornada e também os 4 personagens jogáveis de sua equipe (você pode nomeá-los como quiser, tornando a experiência ainda mais profunda). Eles precisam combater monstros bizarros, mas criativos, como baratas gigantes, UFOs em miniatura e montes de sujeira que mais parecem um enorme pedaço de... fezes. Precisam também ajudar dois macacos a se apaixonarem, enfrentar alienígenas, e tudo isso de uma maneira que flui perfeitamente bem. Os personagens vêm aos poucos, tudo é muito inusitado e imprevisível. Este e tantos outros fatores tornam Earthbound um clássico, um jogo que continua tão incrível e desafiador quanto era em 1995.

Apesar de sua idade, EarthBound é um game que introduziu inovações que, ainda hoje, se mostram como incrivelmente inteligentes e únicas. A vida dos personagens, por exemplo, é representada por rodas numéricas. Ao invés de seus pontos de vida esgotarem instantaneamente com cada ataque do inimigo, a roda gira lentamente para baixo até que todos os pontos de vida estejam esgotados. Por exemplo, após um ataque muito poderoso, se um personagem recebe o golpe fatal ainda existe a chance de curá-lo antes de morrer — como se parasse um sangramento. Observar os números rodarem em direção do zero enquanto está freneticamente em meio à luta é de enlouquecer, podendo de modo que a velocidade com que os comandos são feitos influencia completamente na partida.

Lembro-me de um item que representa um celular que tem a incrível habilidade de só receber ligações, sem poder fazê-las. E isso de volta ao tempo em que nossos pais ainda usavam aqueles tijolões e nem sonhávamos com tablets ou coisas do tipo. É engraçado pensar em como a tecnologia evoluiu na própria linha temporal do game, assim como na nossa realidade.



Um dos inimigos mais criativos do mundo dos games:
A xícara de café fervido!

Earthbound é considerado um JRPG nada convencional. Os inimigos estão sempre visíveis no mapa, assim você não terá que se preocupar com entrar em batalhas em um mau momento, sendo pego desprevenido. E para melhorar, se o nível de seu grupo é muito superior ao de um inimigo, ele vai fugir de medo. Se você pegá-lo, você simplesmente ganha automaticamente. Isso faz com que revisitar áreas anteriores torne-se uma brisa absoluta, livre de batalhas inúteis.

A trama parece simples: Um garoto que sai de sua casa para salvar o mundo, enquanto seu vizinho maluco continua arranjando intrigas por aí e tentando superá-lo. Com o tempo você passa perceber como os personagens se encaixam em bons momentos, ocasionalmente deixando o grupo ou fazendo aparições inesperadas como cair no meio de um cemitério usando uma máquina voadora.

Earthbound leva quatro crianças a salvarem o planeta, sendo três delas dotadas de poderes sobrenaturais e um gênio. Por mais que não haja muitos diálogos entre os protagonistas, nos encontramos pensando em como a amizade desses quatro os torna realmente próximos, dando esperanças de um remake criativo, no melhor estilo dos JRPG dos japoneses com sidequests, conversas aleatória características, momentos divertidos e cheios de humor, e quem sabe uma pontadinha de romance. Earthbound possui uma história digna de livros! E ficamos com aquele desejo remoto de no futuro a Nintendo dar a atenção que a série Mother merece...





 GRÁFICO 
Ao meu ver, uma mecânica que poderia ter recebido mais atenção eram as batalhas. Seria bom pelo menos ter algum estímulo visual. Enquanto nós estamos apanhando, não há muita ação. Tudo que você vê é uma imagem estática de cada inimigo e efeitos mágicos contra fundos psicodélicos. Não é a coisa mais emocionante de assistir, mas felizmente cada personagem é único o suficiente para manter interessante a tomada de decisões.

SOM
Com uma trilha sonora incrível que conta com cerca de 170 músicas, a Soundtrack de Earthbound consegue retratar muito bem cada momento e cenário, deixando o jogador no clima do ambiente. Repleto de sons aleatórios e barulhos bizarros, ainda é de se impressionar o que a equipe de produção pôde fazer com uma franquia que mal recebia atenção e tendo tantas limitações para a criação. Você conquista oito pedaços de uma melodias como o prêmio final por concluir uma fase, só para notar a influência da música no game. Nossa memória automaticamente relembra melodias como as utilizadas em Super Smash Bros., e entre as minhas favoritas estão Snowman, Because I Love You, Eight Melodies e o som bizarro da batalha final contra Giygas.

JOGABILIDADE
A dicotomia entre o sério e o irreverente também é transportada para o gameplay. Embora cheio de sprites bonitinhos e música encantadora, EarthBound não se desculpa por ser um (leia-se: DIFÍCIL) RPG japonês tradicional. O jogo apresenta uma dificuldade acentuada logo no começo, quando Ness está sozinho e mal equipado. Torna-se menos brutal conforme o enredo toma forma, mas nunca é fácil. Espaços no inventário tornam-se incrivelmente limitados, adquirir XP é praticamente uma obrigação, Ness e seus amigos ocasionalmente têm uma precisão frustrante em combate. E enquanto eu encontrei na dificuldade um belo desafio a ser superado, corre-se o risco de enviar os novos jogadores correndo para as colinas.

DIVERSÃO
O jogo envolve traços tradicionais em sua configuração de 1990. No arsenal de armas temos brinquedos como ioiôs, bastões de baseball e panelas que são usadas contra cachorros com raiva, hippies loucos e mendigos problemáticos. Para salvar o jogo, Ness vai ao telefone público mais próximo e liga para sua mãe, enquanto o dinheiro vem do caixa eletrônico mais perto, onde seu pai deposita uma graninha extra de tempos em tempo. Muita criatividade!

REPLAY
O jogo foi lançado em 1995, e quase 20 anos se passaram, mas o legado que Earthbound  deixou apenas vêm gerando mais e mais apreciadores. A série Mother é velha, completou 25 anos em 2014, e nunca recebeu nem 10% da atenção que merece, mas o fato de Earthbound ter chegado ao ocidente no Virtual Console do Wii U é a prova de que a Nintendo não esqueceu a franquia e, quem sabe, no futuro ainda vejamos Mother 3 ou uma possível continuação? Quem sabe um Remake HD?