segunda-feira, 9 de novembro de 2015

THE LEGEND OF ZELDA:OCARINA OF TIME-ANÁLISE

Comercial Americano do jogo
The Legend of Zelda: Ocarina of Time é o quinto jogo da série The Legend of Zelda, desenvolvido pela Nintendo e lançado em 1998 para o Nintendo 64. Foi o primeiro a ser totalmente em 3D e foi muito bem aceito pelo público. Vendeu cerca 5 milhões de copias nos 5 meses que seguiram seu lançamento e foi considerado um dos melhores jogos de todos os tempos.
O sucesso foi tanto que, em 2003, ele foi relançado em GameCube e em 2011 teve o Remake chamado The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D para Nintendo 3DS.
Enredo – O garoto sem fada
Esse é o ponto fraco do jogo, se você nunca jogou Legend of Zelda, o jogo se inicia com um pesadelo.
Uma criança vê uma princesa fugindo em um cavalo, ela olha em seus olhos e de repente surge um homem com um olhar maléfico e você acorda. Esse garoto é Link (mentira, esse garoto se chama pelo nome que você escolheu no inicio do jogo), ele é um garoto Kokiri (crianças que nunca envelhecem), vive na Vila Kokiri junto com milhões de outras crianças, essa vila é liderada por uma árvore, a Grande Árvore Deku, e todas as crianças recebem uma fada ao nascerem, porém Link não teve esse privilegio.
Esse é o inicio de um perfeito e vergonhoso game mais infantil do que Dora, a aventureira. É normal sentir certa vergonha de inicio, mas os mais experientes sempre confiaram na mente de Miyamoto e não se deixaram desistir por essa introdução. A inicio você devera enfrentar os perigos dentro da Deku Tree e a ver morrer para só então se libertar da Vila Kokiri e descobrir o verdadeiro espírito do jogo. Nesse momento o enredo se desenrola entre diversos momentos épicos e emocionantes, você poderá explorar culturas, conhecer novas raças, ter liberta de explorar o reino (com as side-quests) e descobrir que tédio é a ultima coisa possível de se achar nesse game. Caso a Hylure inicial não te agrade, o jogo ainda possui uma segunda parte, onde você deve ajudar a resgatar Hylure das maldades de Ganondorf que subiu ao poder por conta de um erro que você fez no passado (não, não são dois games é que o jogo possui duas partes).
Gráficos – Onde polígonos infinitos é um 3D impecável
Ocarina of Time é um jogo a frente de seu tempo, Miyamoto desejava colocar esse game em um CD visto que já sentia o peso da limitação dos cartuchos, mas acabou encontrando a apreensão do presidente da Nintendo achando que fazer essa substituição às vésperas do ano 2000 era a maior mancada que poderia ser feita.
Mesmo sob a limitação dos cartuchos, Miyamoto investiu no 3D mais impecável possível, OoT conseguiu ser a frente do seu tempo e consegue ainda hoje alcançar esse feito. O jogo é construído de formas poligonais e assusta quando, dentro das casas, vemos um simples JPEG de baixa qualidade cobrir o cenário, coisa que não vemos no ambiente em geral (graças a Deus).
Outras informações gráficas que surpreendem são a agua, que consegue passar seu estado fluido e límpido e a preocupação com os rostos de personagens como Ganondorf e …

SPOILER

Ambientação – Muito além de Hylure
Os cenários e o mundo onde se desenrola o game é de um planejamento estupendo, a tradicional Hylure (uma cidade medieval onde a realeza simboliza o poder) é transbordada e seus arredores são mais explorados. O cenário tem destaques de direção, como o vulcão e o castelo que podem ser visto de qualquer lugar e efeitos de ativação, como a tempestade de areia do deserto que aumenta quando seguimos o caminho errado. O Game nos dá o campo de Hylure (interligando tudo) e acessos a outros lugares, como:
  • Zora’s Domain, um castelo onde os Zora moram e construíram todo um estilo de vida (uma grande evolução visto que os Zora surgiram como inimigos de dungeon).
  • Vila Kakariko, onde temos a parte mais campestre do mundo.
  • Death Mountain, onde os Goron vivem (deixando de ser nômades para ter moradia própria).
  •  Lake Hylia , um lugar legal de se conhecer e explorar.
  • Vila Kokiri, nosso ponto de inicio onde podemos explorar mais sobre essa raça ainda não explorada.
  • Lost Wood, um dos lugares que já foi um dungeon vira um local  de convívio e ganha vida e lendas.
  • Lon Lon Ranch, o lugar onde vive Malon, Talon e Epona, seu refugio de calmaria nesse mundo de perigos.
  • Haunted Wastland, o reino dos Gerudo, uma raça nova composta por ladrões profissionais.
Cenários muito bem trabalhados, que permitem mil e uma interações além das sidequests e que oscilam com perfeição entre dia e noite. Indo até a além do bem trabalho, visto que ao chegarmos à segunda fase do game (quando link cresce) descobrimos que os 6 templos estão dentro desse cenário, eles o tempo todo estavam lá não percebemos, claro que só poderíamos acessa-los com upgrades específicos que ganhamos depois, mas eles ainda estão lá, ainda existem e passou por debaixo de nossos narizes sem perceber. Uma das mais surpreendentes e satisfatórias ideias de Miyamoto.
Som – Do som das fadas à magia do tempo
O som é um fator importante nesse game, ela pode surgir para imergir no clima do game, como os sons calmantes do Zora’s Domain e o mantra bizarro do “Fire Temple”, pode surgir como guia, como em Lost Wood que devemos seguir o som para achar Saria, e pode ser elemento de jogabilidade, já que todas musicas tocadas nas Ocarinas (inicialmente a Ocarina od Fairy e depois a Ocarina of Time) servem para liberar alguma ação no decorrer do game.
Outros sons bem trabalhados são aqueles sonzinhos animadores de achar baús e passagens secretas, sons defensivos como o ruído das Skulltulas para acharmos seus esconderijos, sons irritantes como a risada diabólica de Ganondorf que nos atiça à luta e o habitual “Hey” de Navi chamando nossa atenção para cada mínimo detalhe sobre cada nova informação.
Por esses e outros motivos é que o titulo do game homenageia um instrumento musical e sua trilha sonora é baseada nesse instrumento.
Jogabilidade – indo além do básico A e B
O game já se inicia com novas possibilidades, a primeira delas é que a espada e o escudo ficam em botões específicos enquanto temos mais três botões(os C-Buttons) para mais 3 objetos de interações (armas, garrafas e coisas do tipo), isso faz com que o clássico ato de deixar a espada ou escudo de lado para usar outro item não seja mais necessário. Outro ponto é que não há botões para pular, e, apesar de isso ser assustador, você não vai sentir falta dele hora nenhuma, o jogo é bem trabalhado para não necessitar dele e naqueles momentos que você quer pular (há momentos em que pular torna tudo mais divertido) o game te dá todo apetrecho para simular um pulo (alguns ataques te fazem pular, pular de uma elevação com galinhas e etc). Uma terceira melhoria de jogabilidade é o Z-target, um apetrecho que serve para apontar e mirar em monstros, dessa forma podemos ver um monstro surgindo no campo de visão, ele facilita o uso de algumas armas, ele facilita o deslocamento sem perder o monstro de vista e libera alguns estilos de ataque de espada. Por fim, mas não menos importante, a ocarina, um item de jogabilidade superinteressante, pois cada musica tocada libera algo diferente. Tem que cruzar o Hylure Field? Epona’s Song convoca sua montaria para acelerar isso. Monstros noturnos te atrapalham? Sun’s Song troca a noite pelo dia (e vice-versa), entre outras que fazem tarefas especificas.
Extras – Entradas secretas e Gold Skulltulas
O game vai além do enredo básico, existem poucas sidequests para serem feitas, mas quantidade e qualidade não são interligadas. Alguns itens se encontram escondidos pelo cenário, como passagens secretas que interligam pontos distantes do mapa ou que escondem baús com tesouros. Outra coisa que se esconde nessas passagens são as fadas que liberam upgrades e em alguns casos lhe dão os 3 poderes das deusas (Farore’s Wind, Din’s Fire e Nayru’s Love), esses três poderes são desnecessários para o decorrer do game, porém são grande ajuda no decorrer dele.
A sidequest que mais emociona no game é a busca pelas Gold Skulltulas. Uma família foi amaldiçoada e se tornaram aranhas, como símbolo de sua maldição 100 Skulltulas de ouro foram espalhadas pelo mundo (que se resume ao cenário do game), cada Skulltula de ouro lhe dá uma insígnia, a cada 10 insígnias você liberta um dos membros da família da maldição, ganha uma recompensa e descobre mais um pouco sobre a historia deles, basta ir na House of Skulltulas na Vila Kakariko e conferir.
Conclusão – Clássico sem ser antiquado
É um game perfeito, a frente de seu tempo, clássico, sem ser cansativo, surpreendente, praticamente perfeito, seu único defeito é a falta de recursos. O game possui todo o material da perfeição mas sua plataforma limita que a perfeição seja alcançada. É mais um dos games de ouro com do designer de games Shigeru Miyamoto, é mais uma das vezes que uma Zelda fica em apuros, é mais um Link que se ferra por ela, porém não se repete em nada de seus semelhantes e prova que Miyamoto consegue sim pegar uma formula de sucesso e repetir zilhões de vezes e mesmo assim conseguir criar sucessos. Se você curte LoZ, curte games, curte entretenimento de qualidade ou se ao menos é humano, você com certeza se apaixonara por esse game. É um game que apesar de ser antigo não envelhece, possui enredo um pouco infantil, mas nem isso te desanima nesse game

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